quinta-feira, 8 de dezembro de 2011


Um dia saí para caminhar, relaxar e esquecer um pouquinho dos problemas, sentei-me no banco da praça e tentei não pensar em nada, mas é impossível pois nunca paramos de pensar, e eu fiquei ali sentindo o vento e vendo as pessoas passarem, então do outro lado avistei uma senhorinha que mal conseguia andar sem a ajuda da moça ao lado que parecia ser sua filha, e eu a olhava com um olhar fixo, pensando que um dia ela era assim como eu, podia correr, abaixava e levantava sem que a coluna travasse, sorria com facilidade, cantava por que estava feliz, cantava só por cantar, e hoje ela estava ali depois de possívelmente ter vivido tudo o que hoje eu estou vivendo, e talvez o tempo tenha passado rápido demais para ela, assim como sinto que passa pra mim.

A vida é mesmo muito estranha, nós nascemos, crescemos, se dermos sorte envelhecemos e depois morremos, e por mais que sejamos diferentes uns dos outros, o futuro que está reservado para todos é o mesmo. A cena daquela senhorinha mexeu comigo por que me fez pensar em um monte de coisa, no meu futuro, nas pessoas que hoje são próximas, mas que podem por um a caso envelhecer distante de mim, e principalmente pensei o quanto têm idosos que precisam de um pouquinho de atenção, pois eles criam seus filhos, muitas vezes os netos e então todos crescem e criam afetividades com outras pessoas e esquecem de quem mais os amou, quem mais dedicou parte de seu tempo e sua vida, quem mais se doou sem pedir nada em troca, alguém que só espera receber amor, atenção, não como troca, mas uma resposta do amor com o próprio amor.


Cadu Oliveira @Duduol

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