O lado capitalista do turismo
Esse crescimento da busca por passeios turísticos pelas cidades nordestinas, no entanto, favorece a especulação imobiliária, que em muitos casos ameaçam a preservação de importantes ecossistemas. Ou seja a ideia de que há uma grande procura na região instiga os empresários a construir novos prédios ampliando o comércio turistico e quase sempre sacrificando áreas naturais.
A apropriação de espaços naturais constitui um fator decisivo das multinacionais especializadas, que determinam a capacidade de um país receber turistas. As atividades ligadas à cadeia produtiva do turismo (hotéis, resorts, restaurantes, clubes de férias) são intensivas em mão-de-obra e, portanto, este fator pode também ser considerado como vantagens locacionais em países que combinem atrações naturais com mão-de-obra barata (Chesnais, 1996, p. 202).
De acordo com o pensamento de Chesnais, as multinacionais vêm a chance de lucrar através de uma combinação entre a mão de obra barata com lugares que possuem uma grande busca turística. Isso se encaixa na questão do nordeste que é considerada uma região pobre, porém rica em atrativos de belezas naturais, tradições e cultura, e isso desponta como ponto de fundamental importancia na questão do turismo, e com isso os interesses de empresas que queiram faturar muito e gastar pouco.
Nesse caso cabe as autoridades uma ação de preservação ambiental para que tais empresas atuem sem que o meio ambiente seja detruído, pois o que hoje é atração turística num futuro próximo pode ser apenas uma lembrança causionada pela gana capitalista. Pois é evidenciado que o capitalismo se faz necessário para qualquer desenvolvimento dentro de uma cidade, dentro de toda a região, porém a forma como as ações para que esse crescimento capitalista se desenvolva é que deve ser repensada para que a dinâmica do mundo moderno seja positiva e não um fator contraditório, onde se abrem as portas para o crescimento comercial em vista do aumento de busca por visitantes e se restringe o meio natural.